Foto: Leonardo Mortari Machado (Arquivo Pessoal)
Um plano de desenvolvimento regional deve ser apresentado ao governo federal em até 90 dias. A elaboração do projeto foi discutida em reuniões da comitiva que reuniu, em Brasília, políticos e empresários da Região Central, na última quinta-feira, 10. Entre as autoridades presentes, estiveram o reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann, o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Rodrigo Decimo, e o presidente da Associação dos Municípios da Região Centro (AM Centro) e prefeito de Restinga Sêca, Paulo Salerno (MDB). Segundo o reitor, o objetivo principal é elaborar pesquisas voltadas às tecnologias do agronegócio e da defesa.
- Precisamos construir um projeto consistente que envolva todos esses segmentos: universidade, sociedade e municípios. Temos certeza que irá fortalecer a região - frisou ele.
Os estudos terão foco desde a agricultura familiar até os grandes empreendimentos agropecuários. Se aprovado, há a possibilidade de que recursos sejam destinados para o desenvolvimento desses dois setores da região. O conteúdo do projeto ainda não está concebido de forma objetiva, já que deve ser definido a partir da elaboração da proposta pela UFSM. A ideia é, inclusive, que o plano estimule e direcione as pesquisas nas áreas de inovação tecnológica. As verbas seriam destinadas via universidade.
- O projeto é desenvolver ideias. A busca pela inovação na defesa se justifica por Santa Maria ser o segundo maior contingente militar do país - completa o presidente da Cacism.
Quanto ao papel dos municípios, o presidente da AM Centro afirma que os mesmos darão apoio à universidade para criar uma matriz com foco no agronegócio. Segundo Salerno, as pesquisas dentro das propriedades podem ajudar no avanço da produção de soja e arroz, por exemplo. Sobre o desenvolvimento da defesa, ele destacou a importância da vinda de grandes empresas do setor para Santa Maria.
- Querendo ou não, o Polo de Defesa beneficia a região, pois representa avanços com a chegada de empresas como a KMW, por exemplo - concluiu Salerno.